terça-feira, 25 de julho de 2017

O Fator de Atraso do Brasil Foi O Período Monárquico. - Contexto Histórico.


D. Pedro II, preposto Inglês
Fez do Brasil uma imensa fazenda da Inglaterra.
Se procurarmos as causas do sub-desenvolvimento do Brasil, alguns podem remeter ao tipo de colonização, propagados por livrinhos de segundo grau, entre: colônia de exploração e de povoamento. Tese já superada, por renomados autores (ver: Manoel Bomfim). O Brasil em sua primeira fase de colonização se insere muito mais em um tipo de colonização de povoamento do que de exploração, ao contrário do que propaga o senso comum e apesar da classificação dicotômica empregada. 

Também pode-se aludir ao famigerado Tratado de Methuen, esse sim, com reais repercussões no sub-desenvolvimento tanto do Brasil como de Portugal. Doravante o Brasil será uma sub-colônia inglesa, com Portugal cumprindo o papel de atravessador, revendendo as manufaturas inglesas para suas colonias "nominais".... , enquanto a Inglaterra as possuirá ipso-facto.

Contudo, no que pese o devastador efeito do Tratado de Methuen, e que outras colônias, como por exemplo o próprio EUA, que também não foram imunes a esse cenário, conseguem arrancar para o seu desenvolvimento. Enquanto nós, ao menos politicamente independentes (1822), mergulhávamos no atraso. 

As raízes desse atraso esta na política liberal vigente ao longo de todo o império. A torpe e bronca dinastia dos Braganças, bastardos dos bastardos (qualquer Albuquerque brasileiro, tem o sangue de Avis nas veias, mais azul do que qualquer Bragança) sobe ao trono pela mão inglesa, e se a União Ibérica, por si só, não tenha sido algo bom para a nação galaico-lusitana, o seu fim (da União Ibérica) prenunciará um futuro ainda pior. Portugal sai do julgo castelhano e cai em mãos inglesas. E a partir de então a dinastia dos Braganças será um mero fantoche da Inglaterra, sendo posteriormente a monarquia brasileira, um apêndice da tutela inglesa. 

Carlota Joaquina, tão difamada pela imprensa pró-império, tentou romper essa subjugação da coroa portuguesa a inglesa, e até hoje recebe as infâmias pela sua ousadia. Tivesse Carlota Joaquina logrado sucesso, teria restaurado a independência da coroa Portuguesa, integrado ao Brasil toda a América do Sul. E por certo teria provocado um imenso viés a Inglaterra, teria reescrito a História. Não contava, com a frouxidão e a submissão de Don João VI aos desígnos ingleses, que frustraram seus planos.

Sem Carlota Joaquina, o Brasil ficou completamente a mercê dos ingleses, que ditavam e desmandavam na política da colônia. Feita a independência, formal, condicionam sua aquiescência a transferência da dívida da coroa portuguesa para o Brasil, como forma de continuarem parasitando pelos juros o país, e permanecerem influentes sob o apêndice dinástico que ficara no Brasil. 

Don Pedro I, ainda tenta dar alguma independência ao Brasil, tinha projetos ambiciosos para o país, a implantação de uma siderúrgica, mandara emissários aos EUA, que voltaram recomendando a implementação de uma política protecionista e industrialista, como vinha sendo implementado nos EUA, sempre ante-viu a necessidade de uma poderosa armada para se fazer soberano nos mares. Contudo preferiu se cercar de aduladores como: "Chalaça", completamente incompetente para ocupar o cargo, e alinhado aos ingleses. A marquesa Santos, Domitilha de Canto Mello, de ascendência inglesa, também fazia lobby para os ingleses, influindo no fraco caráter de D. Pedro I. Foi sua perdição. Concorreu também se cercar de mercenários estrangeiros, para sua maior desgraça. De modo que o tempo que esteve a frente como Imperador, no que pese seus bons propósitos iniciais, seu governo acabou sendo desastroso. Melancolicamente e já resignado, sem ambiente, renuncia ao trono e vai para Portugal frustrar os planos de sua mãe e seu irmão, servindo de capacho aos ingleses.

Sob o reinado de Don Pedro II, vigente por meio século, o Brasil permaneceu, estagnado, uma imensa fazenda da Inglaterra! Sem qualquer iniciativa industrializante. Antes atagônico a qualquer empreendimento nesse sentido.  Ao passo que os EUA, um país que nasce atolado em dívidas, circunscrito ao litoral atlântico, com uma população rarefeita, e com poucas perspectivas de viabilidade, progride para se tornar a maior potencia da éra moderna.  

O Brasil independente em 1822, nasce com um território consolidado, um imenso e riquíssimo território, o maior do mundo na época! (A Rússia não tinha suas dimensões atuais, os EUA estava circunscrito as 13 colonias, a China se quer era um país e também limitada a sua atual porção oriental, o Canadá não era independente, e o Quebec era francês), com uma população culturalmente homogênea, como ainda hoje é, de mesma origem, uma autêntica nação-continental! Com um poder mais centralizado (no que pese o parlamentarismo-monárquico vigente) do que qualquer governo republicano posterior. O Brasil Império tinha todos os elementos para tornar o Brasil uma potência. Oque lhes faltou, foi justamente um governo comprometido e sobretudo ligado aos interesses do Brasil. Alguns monarquistas alegam como suposta prova de independência da monarquia a frente da Inglaterra a, "Questão Christie", oque é um engodo, as relações foram cortadas meramente no plano diplomático, mero formalismo, os bancos ingleses e as casas de importação e exportação inglesas continuaram a operar normalmente, com enormes lucros no curso da Guerra do Paraguai, que tiveram nos bancos ingleses seus principais financiadores. 

3 comentários:

  1. Não sou estudioso, mas pelo que já li, o erro de Dom Pedro I foi justamente demitir José Bonifácio; ele estava armando os camponeses para lutar contra os senhores e então fazer a reforma agrária. Se isso tivesse acontecido, o Brasil teria passado os EUA.

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    1. Bonifácio nunca intentou armar camponeses, ainda mais para fazer reforma agrária, até aonde sei nunca se quer cogitou isso. D. Pedro I se afastou de Bonifácio, por se alinhar aos interesses ingleses, que por tabela, tinha como sub-representação os portugueses.

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